Um garotinho precisar estar preparado para a luta, mesmo que seja com bombas de cruéis jabuticabas explosivas.
A BATALHA DOS SAPOS.
Então o avô senta o neto ao colo e ficam se encarando. Os olhos de um fundindo-se nas pupilas do outro.
A cada balançar das pernas, mais o velhote fica seguro de que precisa preparar o menino para a guerra. Pois é necessário mobilizar o menino para a luta desse mundão.
Não sabe por onde começar, mas põem-se a sonhar. Em seguida, já visualiza um arsenal a ser desenvolvido para o netinho.
Ele vai precisar de um aparato aéreo, a lhe dar rapidez nas ofensivas. Talvez uma esquadrilha de estrelas cadentes a protegerem da escuridão das ignorâncias que sombreiam os pensamentos.
Mas nas gélidas tardes de inverno, usará uma frota de destroyers de cartolina, protegidos por uma esquadra de aves de dobraduras de papel, para afastarem o perigo do coração vazio.
O garotinho sorri, deliciado com os pensamentos do avô.
É um projetinho de gente, esse menino cujas manhãs serão preenchidas pelo desfile militar atarefado de milhões de formigas, comandadas por gritantes grilos. Pois este é um exército capaz de arrasar toda uma floresta de más intenções e falsidades.
Porém não há de se esquecer das armas. O avô já vislumbra a poderosa bateria de bombas de jabuticabas, para dissuadir toda e qualquer hostilidade gratuita, com o poder da sua doçura.
Ah, e talvez, quem sabe lá, um violão para encher as trincheiras de alegria e esperança.