COM O CELULAR NAS PUPILAS.

A primeira coisa que ele viu na vida foi um celular apontado para a cara dele.


COM O CELULAR NAS PUPILAS.

A saída da escola das crianças é pura sociologia.

Hoje uma mãe está reclamando do filho. Afinal, ele só solta o smartphone se for para se agarrar ao tablet.

Relata tudo em detalhes, como se as outras mães não vivessem a mesma realidade.

Fico varejando a conversa delas. Contudo, não posso deixar de arriscar que nem é culpa do menino. Aposto que a primeira coisa que ele viu na vida foi um celular apontado para a cara dele. Afinal, não seria exagero dizer que na sua inocência, pode ter entendido que estavam apresentando o aparelho para ele, logo ao nascer.

Bem, se escolhem algo para eu conhecer neste primeiro momento único da vida, só pode ser algo importante.

Conclusão lógica!

Houve um tempo em que a primeira coisa que um menino via era uma perna ensanguentada de mulher. Agora, com a moda de cesáreas, a perna da mãe foi substituída por um smartphone.

Mas o pior é que isso não para por aí. O primeiro banho, a mamada, o sorriso inicial do dentinho que nasceu, os primeiros passos que o menino deu, tudo foi testemunhado pela lente do celular.

Em suma, o menino registrou que em todos os momentos importantes da sua vida, aqueles em que a mãe gritou numa algazarra de felicidade, o companheiro fiel foi um celular grudado na sua pupila.

Posteriormente este menino de 9 anos, cuja mãe está rosnando na porta da escola, precisa ser convencido de que este amigo fiel atrapalha a vida dele.

Talvez até estejam com a pretensão de convencê-lo de que os estudos são mais importantes.

Desculpa aí mãezinha, mas essa batalha já está perdida.

Áudio: Trabalhos técnicos de Ricardo Lima – RÁDIO UEL.

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