Trezentas palavras para descascar a cebola do discurso político.
Reeleição costuma ser buscada por quase todos os candidatos a vereador do município. Ou até o salto para o cargo de prefeito. Esse programa é natural. O vereador passa por prefeito, deputado estadual e segue. Pelo menos nas intenções dele. Os prefeitos, também é comum buscarem a reeleição.
Então, diante disso, melhor votar em alguém que já está vereador, ou mesmo prefeito, ou seria aconselhável votar em um candidato novo? Talvez alguém que nunca exerceu cargo político.
A vantagem de votar no já ocupante de um cargo é a de que você sabe o que virá. Depois de quatro anos, é conhecido. Está fazendo um bom trabalho, ou não está? Também temos casos, nem raros, de prefeitos que na segunda gestão, simplesmente decepcionam. Com isso alguns são contra a reeleição.
Por outro lado, um candidato que se diz “não político”, já está mentindo. A partir do momento que se filiou a um partido, passou a ser parte do mundo político, no sentido restrito do termo. É um desconhecedor dos meandros do cargo, portanto terá dificuldades para atuar nesta arena de interesses divergentes. Talvez aprenda logo, se destaque e seja uma boa opção. Vamos observar como é a vida deste cidadão. É alguém engajado em algum coletivo, em alguma entidade, uma associação, teve algum destaque nesta iniciativa? Sabendo qual a sua história saberemos como, provavelmente, irá atuar. Não quer dizer que qualquer um, por se dizer “não político”, seja melhor ou pior do que aquele que já exerceu um cargo político.
Numa comunidade, as pessoas têm história conhecida. Contudo, um bom empresário pode não ser bom prefeito. Um bom sindicalista pode não ser um bom vereador. São esferas diferentes. Mas uma pessoa que já tenha mostrado frutos em outras empreitadas, deve ter uma possibilidade maior de sucesso também no meio político.
Quanto mais pobre a cabeça, mais a boca fala. O vazio de ideias sai pela boca. É ficar ligado no discurso.