Todos têm direito ao respeito. A violência contra o diferente é fruto do desconhecimento e da ignorância.
CISGÊNERO ALFA.
Passou por nós um garoto um tanto menos másculo do que o meu amigo esperava ser o tal normal. Aí esse amigo, absoluto macho alfa, soltou seus comentários. Até divertidos pra nós heteros. Mas certamente ofensivos pro garoto que já ia uns passos longe.
Daí eu caio na besteira de dizer ao amigo que aqueles comentários são bem típicos dele. E o taxo de cisgênero. Claro que eu já imaginava que ele não saberia o que é isso. Mas eu nem estava ofendendo, nem nada. Pois cisgenero é a pessoa que nasceu menino, por exemplo, e se identifica com isso. Portanto é o menino que continua menino. Também se aplica para as meninas que se sentem meninas.
A questão é que o cara imaginou que fosse uma daquelas letrinhas do LGBTQIAPN+. Daí a coisa ficou feia pro meu lado. Quase levo uns pipocos no cocuruto.
Grafite do acervo do FAMA (https://famamuseu.org.br/), Itu-SP.
Bem, por fim consegui convencê-lo de que talvez toda essa estranheza dele para com comportamentos e opções diferentes das suas, possa ser fruto de ignorância e desconhecimentos. Talvez toda essa aversão nem passe da necessidade de saber um pouco mais das coisas.
Afinal, a discriminação e a violência são excelentes escudos para esconder o não saber, o desconhecimento. Resultado disso é que classificamos todos os outros como diferentes de nós mesmos. E, sendo diferentes, são os outros. Sendo os outros, não merecem nosso respeito. Não merecendo nosso respeito, merecem mesmo é porrada.
Viu só? É por isso que identificamos violência com ignorância.