As velhas verdades sempre engolem e suplantam as fake news, mesmo que o inverso pareça ser o que prevalece.

Seu Josias não sabe ler papel, mas consegue ler a alma de um vivente.

O apagamento social, também é uma forma de genocídio.

Somos uma comunidade, ou triturados, seremos apenas uma pasta humana.

Qualquer um, só por ser humano, já acha que pode ter direitos?

Amigo é aquele que dá trabalho, que exige atenção. Amigo bom é o que só vai passando.

A sua imaginação precisa de atenção, ou alguém vai plantar desejos em você.

Todos deixaremos algo de herança. Quero deixar meu silêncio. Vou trocar minha vida pela sombra de um ninguém.

O enigma é que eu não posso lhe entregar as respostas que você espera; tampouco você quer a pergunta que eu não tenho.

Apenas uma cachoeira de instantes desperdiçados na água salgada da semana.

Nas caçambas de demolição cabe quase tudo, só não cabe mesmo saudades. Pois as caçambas não têm essa sensibilidade.

Educação que não se dá em casa vira fiasco na rua. A regra é segura, líquida e certa.

São dezoito mil e tantos dias que o ralo da vida teve a satisfação de engolir.

Ouvidos quietos dão origem a bocas pobres. Ouvir histórias movimenta a criatividade.

Uma pitada de violência de gênero, de experiência de pobreza, privilégios e genealogia. Pouca, porque a realidade já contêm o suficiente e ninguém quis ver.

Na selva de modismos, esquecemos o óbvio, mas no final o que vai restar é o fundamental, a nossa humanidade.

As crianças querem brincar, nós adultos é que já não queremos nos incomodar com um tempo de qualidade para elas.

“E hás de adormecer nos meus joelhos…E os meus dedos enrugados, velhos, Hão de fazer-se leves e suaves…”

Apesar de doenças, miséria e guerras, somos povos ditos civilizados.

Um passo do Tempo, a cada toque do sino.

Brasileiros bonzinhos que somos, deixamos outros povos roerem nossos restos. E nos vangloriamos disso.