O DESENHO DA REALIDADE.

Nossa cabeça é formada pelo que vemos, lemos e ouvimos. Mas quem é mesmo que está costurando nossas ideias?

DIFERENTE, MAS IGUAL.

Antes de nos afastarmos pelas diferenças, podemos nos aproximar por nossas semelhanças.

CIVILIZAÇÃO PÁLIDA.

Vivo numa civilização pálida, onde a única forma de parecer sadio é estando mesmo enfermo.

COISA DE PASSARINHOS.

Mesmo uma simples palavra tem o dom de encantar e até mudar o destino de um vivente.

MARIA CÂNDIDA.

Dinha que é mulher disposta! É tão ativa, tão decidida, que nem se move. Sempre a recuperar seus fôlegos todos.

SUSSURROS DO PÓ.

“Ame o que quer que flua. Fumaça da cozinha, sangue de mulher, lágrimas. Você ouve o que estou dizendo?”

SOBRE TRONCOS E SEUS BROTOS.

Uma humanidade de muitas famílias com poucos filhos cria uma sociedade com indivíduos mais diversos e variação genética e comportamental.

UMAS INTELIGÊNCIAS.

Dizem que a inteligência artificial vai governar nossas vidas. E então alguma inteligência vai nos chefiar.

A CAMINHO DO LADO DE LÁ.

A morte é certa e não sabemos o que vamos encontrar, mas cada qual vai inventando uma forma de se preparar.

CISGÊNERO ALFA.

Todos têm direito ao respeito. A violência contra o diferente é fruto do desconhecimento e da ignorância.

VÍTIMA NÃO TEM CULPA.

O primeiro passo para tentar modificar um cenário ruim, afinal de contas, é entendê-lo.

ETERNIDADE TRANSITÓRIA.

Eternidade: substantivo feminino. Atributo do que não tem início ou fim. Existe?

A QUEDA DO CÉU.

Temos também isso a aprender com os nossos irmãos das florestas: como manter o céu lá em cima, límpido e celeste.

OS DESPOJOS DE UM SEM PAI.

O choro copioso pelo desamparo de ser um sem pai, pela primeira vez na vida; amenizado por um afago filial.

O SONHO DO REGATO.

É romper o dique, movimentar os sonhos, as alegrias de deixar rolar a vida rio abaixo, até as nuvens: destino de todos os rios.

A CADA DIA SUA COTA DE VENDAS.

A cada dia vou vendendo um pouco de mim, esfarelando pela estrada, na passagem de instantes que não me pertencem.

AS LINHAS DO ALGORITMO.

Aos poucos a tecnologia vai nos substituindo, nos tornando obsoletos, desnecessários. Mas gosto, ou não gosto da ideia?

A RECADEIRA DOS FALECIDOS.

O céu finalmente parou a eterna cantoria por umas horas. Pra lá só vai pecado, boas ações e o que o finado puder lembrar.

UMA PARANÓIA DE INSÔNIA.

Um tantinho de conversa com quem nos cerca, pode até espantar algum fantasma do nosso cotidiano. E bons sonhos!

ACABOU O PRAZER.

Sempre existiu um movimento para acabar com tudo o que dá prazer. Uma valorização do sofrer e do penar. Dá pra fugir disso?